Cadas mais próximo da continuação de O Hobbit, nada mais justo que finalizar nossa série de "resumões" sobre a saga do O ANEL de poder e a a jornada de Frodo e Sam para destrui-lo!
No texto a seguir, vamos falar do capitulo final desta obra magnifica dirigida por PEter Jackson, baseada nos livros do imortal J R R Tolkien.
O Retorno do Rei chega as telas mundiais no ano de 2003
evocando os mais diversos tipos de sentimento: tristeza, alegria, encantamento
e satisfação são alguns deles. Após duas adaptações que chocaram o mundo com
sua grandiosidade, o diretor Peter Jackson presenteia os fãs ao redor do mundo
com um espetáculo digno de aplausos e reverências que certamente deixará
saudade e deixar uma sensação de vazio na mente de qualquer um que goste de
cinema.
Peter Jackson tinha o desafio de superar o estigma de que os finais de trilogias sempre são inferiores e nunca correspondem as expectativas dos fãs. Foi assim, citando alguns exemplos, com Matrix Revolutions, também lançado em 2003, Star Wars: O Retorno de Jedi e De Volta para o Futuro 3. O medo de não superar os anteriores cresciam ainda mais pelo fato de As Duas Torres ter sido um marco nos efeitos especiais e mantido o mesmo nível de qualidade de A Sociedade do Anel. Felizmente, Jackson não apenas superou os seus predecessores, como criou provavelmente o maior filme de fantasia da história do cinema, um épico sem comparações e de proporções praticamente inatingíveis.
Nesta última e derradeira parte da trilogia, Sauron planeja um grande ataque a Minas Tirith, capital de Gondor, o que faz com que Gandalf (Ian McKellen) e Pippin (Billy Boyd, que havia visto o que aconteceria no Palantír) partam para o local na intenção de ajudar a resistência, levando a noticia que os Cavaleiros de Rohan logo estarão lá para ajudar o Senhor Denethor e suas forças, que tentam impedir o avanço do exército de orcs. Aragorn, Gimli e Legolas viajam pelos Vales da Morte para alcançarem Gondor em tempo e ajudarem na batalha que se aproxima. Contudo, logo a cidade fica sitiada pelos exércitos de Sauron, e suas muralhas principais começam a cair. Um exército é reunido por Theoden (Bernard Hill) em Rohan, em mais uma tentativa de deter as forças de Sauron na cidade. Enquanto isso Frodo (Elijah Wood), Sam (Sean Astin) e Gollum (Andy Serkins), tendo deixado para trás Faramir e suas forças, seguem sua viagem rumo à Montanha da Perdição, para destruir o Um Anel. Quando os Portões Negros de Mordor se abrem, um confronto final estará prestes a ocorrer, decidindo o futuro de toda a Terra-Média.
Peter Jackson tinha o desafio de superar o estigma de que os finais de trilogias sempre são inferiores e nunca correspondem as expectativas dos fãs. Foi assim, citando alguns exemplos, com Matrix Revolutions, também lançado em 2003, Star Wars: O Retorno de Jedi e De Volta para o Futuro 3. O medo de não superar os anteriores cresciam ainda mais pelo fato de As Duas Torres ter sido um marco nos efeitos especiais e mantido o mesmo nível de qualidade de A Sociedade do Anel. Felizmente, Jackson não apenas superou os seus predecessores, como criou provavelmente o maior filme de fantasia da história do cinema, um épico sem comparações e de proporções praticamente inatingíveis.
Nesta última e derradeira parte da trilogia, Sauron planeja um grande ataque a Minas Tirith, capital de Gondor, o que faz com que Gandalf (Ian McKellen) e Pippin (Billy Boyd, que havia visto o que aconteceria no Palantír) partam para o local na intenção de ajudar a resistência, levando a noticia que os Cavaleiros de Rohan logo estarão lá para ajudar o Senhor Denethor e suas forças, que tentam impedir o avanço do exército de orcs. Aragorn, Gimli e Legolas viajam pelos Vales da Morte para alcançarem Gondor em tempo e ajudarem na batalha que se aproxima. Contudo, logo a cidade fica sitiada pelos exércitos de Sauron, e suas muralhas principais começam a cair. Um exército é reunido por Theoden (Bernard Hill) em Rohan, em mais uma tentativa de deter as forças de Sauron na cidade. Enquanto isso Frodo (Elijah Wood), Sam (Sean Astin) e Gollum (Andy Serkins), tendo deixado para trás Faramir e suas forças, seguem sua viagem rumo à Montanha da Perdição, para destruir o Um Anel. Quando os Portões Negros de Mordor se abrem, um confronto final estará prestes a ocorrer, decidindo o futuro de toda a Terra-Média.
O Rei Elessar ou apenas Aragron é vivido pelo ator Viggo Mortensen
O filme abre com uma imagem de Sméagol (Andy Serkis, ainda como humano) e seu
irmão Déagol (Thomas Robins) pescando no lago, e achando o Um Anel. O poder do
poderoso anel já causa a desavença entre os irmãos, levando Sméagol a
assassinar seu irmão Deágol. Logo depois sua transformação em Gollum vai se
realizando aos poucos. Esse início é muito bem realizado, pois quando vimos
Gollum pela primeira vez já o vemos transformado. Era importante e até curioso
para quem leu ou não os livros ver como se sucederam os fatos que levaram
Sméagol a se tornar Gollum. A partir daí, Jackson amplia tudo que havíamos
visto em todas as instâncias. Em A Sociedade do Anel o filme era centrado em
uma única linha narrativa, que apresentavam a história, a origem do anel e a
formação da Sociedade. Com a separação dos integrantes da Sociedade por motivos
diversos, As Duas Torres segue os personagens em diferentes pontos da
Terra-Média, deixando o filme com diferentes pontos de vista. Eram três
subtramas distintas e cada grupo tendo que passar por provações e desafios
específicos. Em O Retorno do Rei, a ação é elevada a quatro pontos que vão se
interligar em um final espetacular. Frodo, Sam e Gollum rumam em direção a
montanha da perdição. Gandalf e Pippin ajudam na preparação da defesa de Minas
Tirith; Merry se junta ao exército dos cavaleiros de Rohan que irão se preparar
para a batalha definitiva. Aragorn, Gimli e Legolas saem em busca de uma ajuda
que poderá ser decisiva na batalha contra Sauron.
Os cenários e acontecimentos estão ampliados e muito mais majestosos. As várias passagens para quem leu os livros vão ganhando vida: Minas Tirith, capital de Gondor; Aragorn entrando na Sendas dos Mortos; a batalha em que Faramir fica gravemente ferido; a A Batalha dos Campos do Pelennor; a abertura do Portão Negro; a Torre de CirithUngol; a Montanha da Perdição; as Câmaras de Fogo; a ajuda das Águias contra os exércitos de Sauron; a Destruição do Anel e a derrota de Sauron; o Retorno do Rei de Gondor com nome élfico Elessar e seu casamento com Arwen que preferiu levar uma vida mortal ao lado de seu amor; Os Portos Cinzentos, etc.
O Retorno do Rei, porém, apresenta excessos no seu roteiro. Provavelmente por questões de ritmo e duração, Jackson optou retirar algumas passagens de As Duas Torres e inserí-las em O Retorno do Rei, aumentando ainda mais a duração deste último filme, deixando-o com longos 201 min na versão lançada nos cinemas. No livro As Duas Torres, os capítulos "O Abismo de Helm", "A Estrada para Isengard", "Escombros e Destroços", "A Voz de Saruman" e "O Palantír", que mostram a ida de Gandalf e seus companheiros para Isengard, o confronto com Saruman e o uso do Palantír por Pippin, e os capítulos "As Escadas de CirithUngol", "A Toca de Laracna" e "As Escolhas de Mestre Samwise", que mostram a subida difícil nas escadas de CirithUngol, a entrada de Frodo e Sam na toca da Laracna, e a "morte" de Frodo. Todos esses acontecimentos foram colocados em O Retorno do Rei. Claramente que essas opções de edição e as pequenas mudanças na adaptação não tiram o mérito do roteiro vencedor do Oscar. Toda a série O Senhor dos Anéis é um primor de adaptação, um mergulho profundo no universo de Tolkien, que se estivesse vivo, certamente ficaria orgulhoso do que fizeram com sua obra.
Os cenários e acontecimentos estão ampliados e muito mais majestosos. As várias passagens para quem leu os livros vão ganhando vida: Minas Tirith, capital de Gondor; Aragorn entrando na Sendas dos Mortos; a batalha em que Faramir fica gravemente ferido; a A Batalha dos Campos do Pelennor; a abertura do Portão Negro; a Torre de CirithUngol; a Montanha da Perdição; as Câmaras de Fogo; a ajuda das Águias contra os exércitos de Sauron; a Destruição do Anel e a derrota de Sauron; o Retorno do Rei de Gondor com nome élfico Elessar e seu casamento com Arwen que preferiu levar uma vida mortal ao lado de seu amor; Os Portos Cinzentos, etc.
O Retorno do Rei, porém, apresenta excessos no seu roteiro. Provavelmente por questões de ritmo e duração, Jackson optou retirar algumas passagens de As Duas Torres e inserí-las em O Retorno do Rei, aumentando ainda mais a duração deste último filme, deixando-o com longos 201 min na versão lançada nos cinemas. No livro As Duas Torres, os capítulos "O Abismo de Helm", "A Estrada para Isengard", "Escombros e Destroços", "A Voz de Saruman" e "O Palantír", que mostram a ida de Gandalf e seus companheiros para Isengard, o confronto com Saruman e o uso do Palantír por Pippin, e os capítulos "As Escadas de CirithUngol", "A Toca de Laracna" e "As Escolhas de Mestre Samwise", que mostram a subida difícil nas escadas de CirithUngol, a entrada de Frodo e Sam na toca da Laracna, e a "morte" de Frodo. Todos esses acontecimentos foram colocados em O Retorno do Rei. Claramente que essas opções de edição e as pequenas mudanças na adaptação não tiram o mérito do roteiro vencedor do Oscar. Toda a série O Senhor dos Anéis é um primor de adaptação, um mergulho profundo no universo de Tolkien, que se estivesse vivo, certamente ficaria orgulhoso do que fizeram com sua obra.
Aragorn ( Viggo Mortensen ) e Legolas ( Orlando Bloom )
Além das cenas aumentarem
bastante a duração do já longo filme, outros fatos diferem do livro. Assim como
nos anteriores, foram excluídas ou alteradas. As mudanças mais significativas
são: no filme, Pippin é quem acende os faróis de Gondor, mas no livro quando
ele e Gandalf chegam a Minas Tirith, os faróis já estão acesos; Denethor, o
Regente de Gondor,enlouquece não só por causa da morte de Boromir, mas porque
ele também tem um Palantír, e através dele ficou sabendo dos planos de Sauron
para Gondor; Pippin, ao virar Guarda da Cidadela, conhece um outro Guarda
chamado Beregond e seu filho Bergil. Além de Gandalf, Beregond é quem o ajuda a
salvar Faramir quando o pai quer queimá-lo; o pedido de ajuda a Rohan chega a
Théoden através de uma Flecha Vermelha, levada por um mensageiro de Gondor. Os
rohirrim respondem ao pedido e ao partirem para Minas Tirith, encontram no meio
do caminho um povo que habita as florestas daquela área, chamados woses. Eles
ajudam a cavalaria a passar pela floresta, que estava sendo vigiada por orcs;
Aragorn não vai para as Sendas dos Mortos só com Legolas e Gimli. Ele recebe a
ajuda de outros guardiões do Norte, do povo dos Dúnedain como ele, que
encontram com ele em Rohan para ajudá-lo na guerra. Ele encontra os navios dos
Corsários no caminho até Gondor e os vence com a ajuda dos Mortos, mas os
fantasmas não vão até Minas Tirith. Quem chega à Cidade Branca nos navios com
Aragorn são os Dúnedain; além dos Rohirrim e dos Guardiões, Gondor ainda
recebeu a ajuda de outros povos do Sul que faziam parte do Reino na Batalha dos
Campos do Pelennor; A morte de Denethor não acontece exatamente como no filme.
O Regente realmente ateia fogo ao seu próprio corpo, mas morre na pira, sem
sair correndo pela cidadela ou se jogar do alto da cidade; toda uma sequência
nas Casas de Cura de Gondor foi cortada. Nela, Aragorn cura Éowyn, Faramir e
Merry, e a princesa de Rohan e o príncipe de Gondor acabam se apaixonando;
Dentro da Montanha da Perdição, Gollum realmente pega o Anel de Frodo
arrancando seu dedo. Mas, quando ele comemora ter pego o Anel novamente
pulando, tropeça e cai. Não há outra luta entre Frodo e a criatura, e Frodo não
fica pendurado; os quatro Hobbits então retornam para o Condado, tendo que
enfrentar um último inimigo: Saruman que se apossou do Condado. Mas o mago
acaba morto pelas mãos de Grima, e a paz volta à terra dos hobbits.
Tecnicamente, o filme é praticamente perfeito e se transformou no recordista ao ganhar no Oscar de 2004, 11 estatuetas das 11 indicações recebidas na premiação, se igualando em número de prêmios apenas àTitanic (1997) do diretor James Cameron e com Ben-Hur (1959) do diretor William Wyler, que possuem a mesma quantidade de prêmios. Ganhou os prêmios de melhor direção de arte, figurino, edição, maquiagem, trilha sonora, música original pela canção "Intothe West", som, efeitos visuais, roteiro adaptado, direção e melhor filme.
Os efeitos visuais continuam primorosos e fazem uma junção praticamente perfeita entre filmagem real e geradas pelo computador. A cena da Batalha dos Campos do Pelennor,travada do lado de fora das muralhas de Minas Tirith, é o maior exemplo disso. Provavelmente seja essa a maior sequência de batalhas já realizada no cinema, onde temos uma guerra completa em uma sequência longa e complexa que deve ocupar cerca de meia hora da duração do filme, onde vemos um exército de centenas de milhares de orcs reforçado por criaturas ainda mais fortes, como trolls, wargs (lobos gigantes), mûmakils (espécies de elefantes maiores e violentos),uruk-hais, e os nazgûl alados (dragões ferozes em que voam os Cavaleiros Negros, servos poderosos de Sauron), cercando e destruindo a cidade repleta de elfos e humanos que juntos no mesmo espaço lutam bravamente para proteger a cidade. No final ainda temos um exército inteiro de mortos-vivos que buscam a libertação de suas almas num papel fundamental nessa batalha. A cena da Montanha da Perdição e sua posterior destruição também impressiona. E o que dizer da criação de personagens? Como se não bastasse o perfeito Gollum, nesse temos a amedrontadora Laracna, os Nazgül e as Águias que se juntam à batalha na reta final. Sua luta com Sam é tão realista que fica difícil nos lembrarmos que a aranha gigante é feita por computação.
Fundamental em toda a saga, a direção de arte mais uma vez se supera na criação dos cenários. É um deleite para os olhos ver materializada a toca da Laracna com todos seus detalhes, clima sombrio, e teias produzidas por ela. O beco onde ocorre a luta entre a aranha gigante e Sam é isolado e perigoso, assim como a Torre de CirithUngol. Minas Tirith, a capital de Gondor, está imponente e fielmente representada. O cenário usado na batalha dos Campos do Pelennor é rico em detalhes. O cenário ameaçador das Sendas dos Mortos e a diversidade de armas e armaduras tem um resultado único vistos em cena com os milhares de figurinos.
A maquiagem também colabora muito para a finalização dos efeitos. As feridas de batalha, o suor e sujeira nas mãos e rostos dos personagens são incríveis. Mais uma vez os orcs e suas expressões faciais naturais estão bem finalizadas. O maior exemplo do melhor emprego da maquiagem é na transformação gradual de Sméagol em Gollum logo no começo do filme. além da composição do exército de mortos-vivos.
A música composta por Howard Shore nunca esteve tão completa e congruente ao que vemos em tela. Revisitando alguns temas dos primeiros filmes e incluindo novas composições, a trilha sonora nunca esteve tão magnânina e imponenete na série. O Retorno do Rei, por ser o último capítulo, é certamente o mais dramático, feliz, triste, enfim, as emoções se alternam a todo momento e chegam aos seus extremos. Shore consegue mesclar as trilhas imponentes das batalhas, com as de demonstrações de amizade entre Sam e Frodo, e retoma o clima mais fantasioso na reta final com o retorno ao Condado e os Portos Cinzentos.
As músicas também são fundamentais. "Aragorn'sCoronation" e "The Edge of Night" com letras de J.R.R. Tolkien, além de "The Green Dragon" com letra de PhilippaBoyens e interpretada por Billy Boyd e DominicMonaghan, são ótimas. Mas nada se compara com "Intothe West", música de Howard Shore, Fran Walsh, and Annie Lennox, e interpretada por Annie Lennox. A sensação de nostalgia que bate ao ouvirmos "Intothe West" no final do filme é inevitável. A música é profunda e mágica e causa o mesmo efeito que "May It Be" da Enya provocou no epílogo de A Sociedade do Anel" e a certeza de que aquele era o começo de uma saga histórica para o cinema.
A fotografia com mais uma leva de novos cenários naturais onde se passam as batalhas campais megalomaníacas, e com uma variedade enorme de lentes faz outro trabalho versátil e competente. O fotógrafo Andrew Lesnie capta com a mesma categoria as cenas na Montanha da perdição e seu ambiente sombrio com um contraste entre laranja e preto em volta, e as cenas no interior da sufocante e claustrofóbica toca da Laracna. As cenas internas em Gondor e até no local mais bucólico onde ocorre a pescaria de Sméagol na primeira cena do filme também são muito bem fotografadas.
O elenco consegue ter mais uma vez ótimos desempenhos. Os hobbits interpretados por Elijah Wood (Frodo), Sean Astin (Sam), Billy Boyd (Merry) e DominicMonaghan (Pippin) se destacam mais nesse último filme, especialmente Astin que dá profundidade e heroísmo na medida para Sam, fazendo-o ter papel fundamental na trilogia. Mas todos os outros conseguem desempenhos muito bons. Orlando Bloom (Légolas), John Rhys-Davies (Gimli) tem seus papéis reduzidos nessa terceira parte, mas ainda assim Peter Jackson dirige uma das melhores cenas na grande batalha dos Campos de Pelennor, onde o elfo faz acrobacias em cima de um imenso Olifante. Ian McKellen (Gandalf), Ian Holm (Bilbo), Viggo Mortensen (ARagorn), Cate Blanchett (Galadriel), Liv Tyler (Arwen, linda em seu casamento, em uma cena visualmente arrebatadora no final), Miranda Otto (Éowyn, que tem mais tempo para se destacar), David Wenham (Faramir), Bernard Hill (Théoden, com bom destaque), Hugo Weaving (Elrond), John Noble (Denethor), entre outros, estão irrepreensíveis. Somente Christopher Lee fez falta como Saruman, já que a sub-trama que narra o fim de seu personagem na série foi cortada da edição final pelos produtores. Ao vermos as atuações de todos fica a certeza que não bstaria um filme tecnicamente perfeito se não houvessem grandes e dedicados atores encarnando os personagens tão queridos por todos.
Quando Peter Jackson disse em entrevistas que os dois primeiros filmes eram a preparação para este final, ele não estava brincando. Sua direção é o grande diferencial e é o que faz os filmes se diferenciarem de outros parecidos lançados posteriormente, preocupados apenas com as batalhas, e não com os sentimentos dos personagens e suas motivações. Mais uma vez com belos planos gerais, trechos com uso de câmera lenta e movimentos de câmera impensáveis, o diretor explora muito bem todo o ambiente natural e o que foi construído pela direção de arte para as filmagens. O neozelandês amarra todas as histórias paralelas a fim de que tudo se resolva simultaneamente. Mas O Retorno do Rei não é apenas um filme de fantasia com efeitos, e ele se preocupa em ampliar as tensões, hesitações, lutas internas, motivações de cada um dos protagonistas envolvidos. A chave desta terceira parte está sobretudo nas mãos de Aragorn e Frodo. Aragorn tem que voltar à Gondor e assumir o lugar que lhe é de direito e liderar a resistência contra a ameaça inimiga, tendo inclusive que cobrar uma dívida do passado. Jà Frodo, está cada vez mais tentado pelo Anel que carrega e leva esse conflito interno até o último momento quando está prestes a destruí-lo.
Mas Jackson aumneta ainda mais a importância de Sam, mostrando toda sua coragem e fidelidade ao amigo hobbit para que ele possa concretizar seu objetivo. Sam luta contra Laracna para proteger seu amigo, o resgata da Torre para onde é levado pelos orcs, continua apoiando seu amigo mesmo após ele ter pedido para que fosse embora envenenado pela conversa de Gollum, coloca Frodo nas costas quando ele já não tinha mais forças. Assim que os dois são resgatados na Montanha da Perdição por Gandalf montado nas águias, Frodo acorda um tempo depois já na segurança dos amigos, enquanto eles vão entrando no quarto para cumprimentá-lo um por um. O olhar de Frodo para Sam quando o vê na porta do quarto vale mais que mil palavras e demonstra toda a gratidão de Frodo por Sam tê-lo acompanhado na árdua caminhada, já que sem ele seria muito difícil ter conseguido atingir seu objetivo. A evolução da história, contudo, encontra espaço para os dramas particulares de Éowyn e de Denethor.
Jackson ainda tem outros momentos de pura sabedoria e sensibilidade em meio a tantas cenas exaustivas de guerra. Em certo momento, Denethor envia o filho Faramir (David Fenham) em uma missão suicida, pedindo em seguida que Pippin lhe cante uma canção enquanto come algo. Jackson, então, faz o espectador assistir à cena do pelotão de Faramir sendo massacrado, enquanto ouve Pippin, a pedido de Denethor, entoa uma música triste. O diretor vai editando a cena do massacre com closes de Denethor, mastigando despreocupadamente seu alimento. O sumo vermelho que lhe escorre da ameixa da boca faz alusão, claro, ao sangue derramado pelo filho. E a batalha em si nem é mostrada praticamente, ficando tudo muito subjetivo. A cena, apenas com o canto, diz muito da alma corajosa deFaramir, que busca a aprovação do pai e mostrar honra mesmo sabendo praticamente da morte certa. JáDenethor mostra sua preferência aberta pelo seu outro filho, Boromir, e sua frieza perante aFaramir. Essa cena é tão poética quanto a cena de As Duas Torres quando Gandalf desce as montanhas acompanhado de milhares de soldados indo em direção aos inimigos em câmera lenta para derrotá-los, ou então da cena poética dita por Sam quando ele e Frodo estão próximos de serem libertados pelo exército de Faramir.
Frodo ( Elijah wood ) e Samwise Gamgee ou apenas Sam ( Sean Astin )
Outro momento de sensibilidade é a linda imagem ilustrando em câmera lenta o
resgate de Sam e Frodo do que sobrou da Montanha da Perdição por Gandalf e as
águias que vieram para ajudar na batalha final. Deve ser citada também as
cenas em que Gandalf diz faz um discurso sobre o mundo que encontramos após a
morte, a que Aragorn faz um discurso emocionante e lidera o seu homens para
morrer na frente dos Portões Negros e diz com os olhos embargados: "-
Por Frodo!", as cenas pós-vitória em que todos na Terra-Média
presentes se curvam diante dos hobbits que ao destruírem o Um Anel mudaram o
destino de todos, ou as cenas finais com as despedidas nos Portos Cinzentos em
dois dos momentos mais emocionantes da série.
O Retorno do Rei é uma obra magnânima e intransponível do cinema. Está acima de qualquer crítica e é praticamente uma unanimidade da sétima arte e possui tudo o que uma superprodução que marca época deve ter. Temos um roteiro respeitoso com a obra original, intérpretes de qualidade inquestionável e equipes revolucionárias a frente de todas as equipes técnicas. O filme é transgressor, inovador, e não tem medo de se assumir como a obra definitiva da reconhecida obra mundial de Tolkien. Só resta a saudade e comprar todas as versões estendidas para ter sempre a Terra-Média em nossas mãos para ser visitada a todo o momento.
O Retorno do Rei é uma obra magnânima e intransponível do cinema. Está acima de qualquer crítica e é praticamente uma unanimidade da sétima arte e possui tudo o que uma superprodução que marca época deve ter. Temos um roteiro respeitoso com a obra original, intérpretes de qualidade inquestionável e equipes revolucionárias a frente de todas as equipes técnicas. O filme é transgressor, inovador, e não tem medo de se assumir como a obra definitiva da reconhecida obra mundial de Tolkien. Só resta a saudade e comprar todas as versões estendidas para ter sempre a Terra-Média em nossas mãos para ser visitada a todo o momento.
Nota: 10
Uma obra prima do cinema!
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